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26/09/2023
Iniciativa pioneira realizada por empresa de Jundiaí/SP converte o resíduo orgânico, antes considerado um passivo ambiental, em fertilizantes que propiciam ganhos ecológicos, econômicos e de produtividade
O processo de transformação de resíduos orgânicos, como o lodo de esgoto, em insumo agrícola foi destacado no 51º Congresso da Assemae (Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento), que ocorreu de 18 a 22 deste mês, em Poços de Caldas (MG). A iniciativa da Tera Ambiental, empresa pioneira neste segmento, foi abordada no evento como case de sucesso, por ser um modelo de sustentabilidade, visto que se trata da produção de fertilizantes orgânicos compostos, tendo como principal matéria-prima o lodo gerado no tratamento de esgotos e efluentes industriais.
Fernando Carvalho Oliveira, engenheiro agrônomo da Tera Ambiental, participou de dois painéis. No primeiro, intitulado Tendências e Debates, abordando o tema “Compostagem: desafios e oportunidades”, o especialista destacou que a produção dos adubos provenientes do reaproveitamento de resíduos orgânicos, como o lodo, avançou muito nos últimos anos e que o setor tem grande potencial de crescimento. Contudo, segundo ele, faltam ainda políticas públicas específicas que contribuam para maior desenvolvimento dessa atividade que ajuda a fomentar o agro brasileiro.
No segundo painel “Lodo de Esgoto - Matéria-prima para produção de fertilizantes orgânicos”, Fernando apresentou detalhadamente as etapas realizadas pela empresa para reaproveitamento dos resíduos e todo o trabalho desenvolvido até a obtenção do adubo. Ele explicou aos participantes que a produção acontece por meio da compostagem termofílica, um processo biológico, natural e controlado, capaz de bioestabilizar a matéria orgânica com a ocorrência de altas temperaturas.
“O método é uma alternativa ambientalmente correta e muito segura. Além disso, atende à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), isenta o gerador de responsabilidade solidária pelo resíduo e contribui diretamente para a redução dos passivos ambientais e esgotamento dos aterros”.
Oliveira enfatizou, ainda, que os fertilizantes produzidos pela Tera são um exemplo perfeito de economia circular, pois têm origem em resíduos orgânicos urbanos processados na Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) de Jundiaí, bem como outros resíduos sólidos industriais e agroindustriais. “Dessa forma, materiais antes indesejados e muitas vezes destinados a aterros sanitários são transformados em adubos, retornando ao ciclo produtivo”. “ Além disso, a Tera Ambiental vem se consolidando como uma importante opção para o tratamento e reaproveitamento de resíduos orgânicos gerados pelo saneamento e pela agroindústria da região de Jundiaí, - ganham todos, os geradores de resíduos, a qualidade do produto dada pela diversidade de matérias primas e agricultura regional”.
Sobre a aplicabilidade, desempenho e segurança dos insumos produzidos, o engenheiro agrônomo da Tera destacou que o produto é certificado, aprovado pelos órgãos competentes e tem excelentes resultados em diferentes cultivos. “Eles suprem parte da demanda de nutrientes das culturas nas quais são empregados. Também contribuem muito para a melhoria das características químicas, físicas e biológicas dos solos, aumentando a eficiência e aproveitamento dos minerais, inclusive podendo substituí-los em até 50%”.
Vale destacar, também, que, conforme critérios contidos na Instrução Normativa 61/2020 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os fertilizantes orgânicos compostos produzidos pela Tera Ambiental, cuja unidade de negócio é denominada Tera Nutrição Vegetal, têm sua qualidade reconhecida pelas autoridades competentes. São autorizados para uso irrestrito na agricultura. Atendem, ainda, aos rigorosos critérios de excelência e segurança atestados com o selo IBD de Qualidade Certificada.