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18/11/2024
Itaipu Binacional alcançou mais um feito histórico. A usina , localizada entre o Brasil e o Paraguai, desbanca outra vez a hidrelétrica Três Gargantas, da China, e foi incluída no Guinness Book pela “maior produção de energia elétrica acumulada” do mundo. O título foi anunciado em um evento especial na margem brasileira, em Foz do Iguaçu, no dia 1 de novembro de 2024.
Desde que começou a operar em 1984, a Itaipu vem acumulando números impressionantes. Até o dia 31 de outubro, foram gerados 3.038.273.179 megawatts-hora (MWh) de energia, suficientes para abastecer todo o planeta por 43 dias ou suprir o Brasil por quase seis anos. O evento contou com a presença de autoridades brasileiras e paraguaias, incluindo os ministros Fernando Haddad e Alexandre Silveira.
Essa conquista reafirma a relevância global da usina. Durante a cerimônia de nomeação, realizada no hall do Edifício da Produção, uma juíza do Guinness Book entregou o título ao diretor-geral brasileiro, Enio Verri, e ao diretor paraguaio, Justo Aricio Zacarías Irún.
Essa não é a primeira vez que Itaipu entra no Guinness Book. A usina já foi reconhecida como o objeto mais caro da Terra, avaliado em mais de 27 bilhões de dólares em 1984 (equivalente a 35,93 bilhões atualmente). Essa construção colossal, no Rio Paraná, é um exemplo impressionante de engenharia moderna.
Além de seu custo monumental, Itaipu surpreende com dados estruturais. O ferro e o aço usados em sua construção são suficientes para erguer 380 Torres Eiffel. Sua barragem alcança 196 metros de altura, equivalente a um prédio de 65 andares. A extensão total da barragem é de 7,9 km, consolidando-a como uma obra de grandeza inigualável.
Esses números são apenas a base da grandiosidade da usina. Sua operação contínua, 24 horas por dia, a torna um pilar da produção de energia no Brasil e no Paraguai.
Itaipu possui 20 unidades geradoras, cada uma capaz de abastecer uma cidade com 1,5 milhão de habitantes. Essa impressionante produção de energia já representou 25% do consumo nacional em 1997. Hoje, com novas fontes integradas ao sistema, a usina responde por cerca de 8% a 10% da demanda brasileira.
Além disso, Itaipu serve como uma “bateria de emergência” para situações críticas. Em 2023, durante o apagão nacional, ela desempenhou um papel crucial no restabelecimento da energia. Essa versatilidade reforça sua importância no cenário energético atual.
O vertedouro da usina também impressiona. Ele pode liberar até 62,2 milhões de litros de água por segundo, 40 vezes mais que a vazão média das Cataratas do Iguaçu.
Entre 1975 e 1978, a construção da Itaipu começou a ganhar forma. Técnicos brasileiros e paraguaios escolheram o local ideal, batizado como “a pedra que canta”, em tupi. A obra transformou a região de Foz do Iguaçu, que passou de uma cidade com duas ruas asfaltadas para um polo urbano de mais de 100 mil habitantes.
A construção foi considerada um “trabalho de Hércules”, envolvendo mais de 40 mil trabalhadores. Para abrigá-los, foram construídas 9 mil casas e um hospital. Entre 1982 e 1986, formou-se o reservatório, e em maio de 1984, Itaipu começou a gerar energia.
Esse progresso refletiu diretamente na economia regional e no desenvolvimento socioeconômico do oeste paranaense.
Geração de energia da Itaipu simboliza a excelência da engenharia moderna. Em 1995, foi eleita uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno por engenheiros de todo o planeta. A escolha destacou tanto sua monumentalidade quanto seu impacto positivo nas comunidades ao redor.
Atualmente, o lago formado pela usina, com 170 km de extensão, é um dos maiores atrativos turísticos da região. Essa área, além de contribuir para o turismo, também desempenha um papel ecológico essencial.